quinta-feira, 23 de junho de 2011

"A vida da terra depende da vontade humana. A terra será o que os homens nela farão. Nós vivemos, desde agora, este momento histórico decisivo da evolução terrestre". Rudolf Steiner




É notável e preocupante, as consequências que são geradas ao meio ambiente com as formas de geração de energia elétrica utilizadas atualmente. Em oposição a estas práticas degradantes, surgem algumas possibilidades de se gerar energia de forma sustentável, como a energia solar e eólica por exemplo, que já são utilizadas em alguns lugares e vêm ganhando uma maior popularização com o passar do tempo.
Mas foi nas águas do Mar do Norte, que cientista suecos inovaram com uma nova forma de se gerar energia elétrica, a partir de uma pipa gigante, presa no fundo do mar. Ela possui uma turbina hidrodinâmica, que gera energia elétrica devido à velocidade média de nove quilômetros por hora, alcançada pelo embalo das correntes marítimas.
Tais papagaios, foram pensados de forma a evitar problemas, sendo assim ficam presos por uma âncora a 80 metros da superfície, evitando acidentes com navios, e já funcionam no fundo do mar. Estes equipamentos têm asas de 12 metros e suas turbinas são do tamanho de um tonel, produzindo 500 quilowatts de energia cada uma.
Esta alternativa recentemente implementada na Suécia, como qualquer outro investimento deste porte, têm um alto custo, nesse caso 1,5 milhões de reais, porém trata-se de uma solução para muitos problemas ambientais, já que seria possível atender cinco vezes a demanda mundial com apenas 1% do potencial energético marítimo.
Os planos são para que, daqui a dois anos, estes equipamentos já estejam disponíveis para a geração de energia em todo o planeta, resta agora cruzar os dedos e torcer para que dê certo, esta, que pode ser uma grande solução para o futuro, afinal estamos cansados de tanta destruição com a finalidade de gerar meios que degradam ainda mais.

domingo, 5 de junho de 2011

Dia do Meio Ambiente e da Ecologia

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro, in Fernando Pessoa, "O guardador de rebanhos", Antologia Poética, RBA, 1996.

Foto: Elise Souza
Poema sugerido por Eugênia Adamy Basso